Melhorando a convivência no condomínio

Para um prédio ou condomínio de casas virar um lar, um sentimento de coletividade é fundamental. Mas essa sensação não começa do dia para a noite, é algo a ser construído diariamente.

Mesmo não sendo a responsabilidade maior do síndico, é dele o dever de que as regras instituídas no regulamento interno e na convenção sejam seguidas. Também é do interesse do síndico que a convivência seja a melhor possível entre os moradores. Dessa forma, o gestor consegue se concentrar em outras áreas que peçam a sua atenção.

Para isso acontecer, porém, é importante que o síndico saiba como conduzir diversos tipos de situações.

Além das dicas abaixo, é importante que o síndico, ao receber uma reclamação sobre uma situação, esteja disposto a dialogar com o possível infrator.

  • Uso das áreas comuns do condomínio
    Para que os moradores façam o melhor uso possível desses locais, é fundamental que as regras de utilização estejam claras para todos. Uma boa dica é manter, em todos os locais, como piscina, salão de festa, quadras, etc., um quadro com as regras do local. Se algum espaço começar a resultar em mais reclamações, o síndico pode apostar em uma campanha de conscientização, seja via quadro de avisos, portal do condomínio ou cartas para todos os moradores.
  • Assembleias de condomínios
    Apesar do síndico não ser quem, via de regra, conduz o encontro, é importante que pelo menos o presidente da mesa siga as dicas abaixo para manter o encontro produtivo e sem maiores problemas:

    – Pedir para todos desligarem os celulares
    – Seguir a pauta da assembleia e não discutir itens que não estavam determinados previamente
    – Combinar, logo no começo, o tempo que cada assunto tomará da reunião. Também vale estabelecer o tempo que os condôminos terão para falar, perguntar e responder – e realmente se esforçar para que isso seja seguido
    – Pedir para que a comunicação no encontro seja o mais respeitoso possível, evitando acusações e o uso de palavras de baixo calão
  • Comunicação
    Ter um canal de comunicação aberto entre síndico e moradores é um elemento-chave para melhorar a convivência no condomínio. Afinal, só de o morador estar atualizado com o que está acontecendo no condomínio, e ele ainda ter a segurança de que conseguirá conversar com o síndico, e que será ouvido, já é, para ele, uma tranquilidade a mais. Por isso, é importante conseguir organizar a comunicação com a coletividade da melhor forma possível. Uma boa maneira de botar isso em prática é um site do condomínio. Ali, os moradores têm um canal de comunicação direta com o síndico e atualizações da administração. É fundamental, porém, que o gestor se proponha a responder e acompanhar as demandas que chegam pela plataforma. Geralmente, os sites do condomínio oferecem outras facilidades como reserva de áreas comuns, regras de uso desses locais, além de trocas de mensagens entre os próprios moradores. O síndico também consegue promover enquetes, enviar comunicados e divulgar os eventos do condomínio.
  • Crianças
    As crianças podem ser um dos fatores que levam uma família a optar por morar em condomínio. O síndico deve cuidar para que as áreas comuns estejam de acordo com o que pedem as leis e as normas técnicas. Não é dever do síndico, porém, cuidar das crianças nas áreas comuns. Essa responsabilidade é dos pais. Uma ideia que tem tido uma boa aceitação é eleger um síndico mirim, para que o mesmo repasse as regras de uso das áreas comuns para as outras crianças. Esse processo todo ajuda a engajar as crianças na utilização correta de áreas como o playground, quadras, etc, e à obediência das regras no que diz respeito à barulho, lixo no local certo, etc.
  • Funcionários de condomínios
    Os funcionários são o cartão de visitas do condomínio. É importante que eles se sintam bem em seu local de trabalho. O síndico deve ressaltar, sempre que possível, que os moradores não devem dar ordens diretas aos funcionários, devendo encaminhar as sugestões cabíveis sempre ao zelador.

Um trato respeitoso com os colaboradores é fundamental e evita que o condomínio seja alvo de futuras ações judiciais.